sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Dual Rate D/R ou Exponencial? Veja a diferença.

Muitos aeromodelistas iniciantes já devem ter ouvido falar que para deixar o avião mais estável e fácil de pilotar deve-se diminuir o Exponencial do rádio. Será mesmo essa a função do Exponencial? E o que seria o Dual Rate D/R?

A confusão entre as duas funções do rádio é muito comum entre os modelistas, e parte de problema é culpa dos fabricantes que tratam os dois conjuntamente em seu manuais. Dessa forma, vamos começar conceituando individualmente e de forma genérica cada função mencionada acima:

Exponencial - A função exponencial é uma configuração disponível nos rádio controles mais modernos e tem o papel de personalizar a curva de funcionamento do servo em relação ao movimento do stick. Está disponível para os canais Acelerador, Profundor, Leme e Aileron, podendo ser ativado ou desativado através de uma chave específica.
A curva exponencial é totalmente personalizável, ficando à critério do usuário, conformo a imagens acima. Com a personalização da curva, há uma variação de sensibilidade da resposta do servo, ou seja, haverá momentos em que o movimento será mais lento ou mais rápido. Independente da curva, o comando disponível no stick ainda pode permanecer em 100%, porém distribuído de forma personalizada (exponencial), fato este que difere da função Dua Rate D/R.

Dual Rate ou D/R - Como pode ser observado na imagem acima, o Dual Rate, representado pelas letras D/R, foi alterado para 85,90 e depois para 75,75. Essa alterações diminuem o End Point do canal, fazendo com que o servo percorra apenas 85% de seu curso para a esquerda e 90% para direita ao movimentar a alavanca do stick até as extremidades, conforme a figura do meio. Esses parâmetros são independentes em relação ao exponencial e refletem o quanto de comando o avião terá. Comparando a figura da esquerda com a da direita, é correto afirmarmos que na configuração da direita o aeromodelo conta com 100% do comando e o servo responderá com uma velocidade uniforme. Quanto à figura do lado direto, o aeromodelo terá o máximo de 75% de comando e a velocidade de respota variável em 20%.

Dessa forma, quando se está aprendendo a pilotar aeromodelos, normalmente não se tem a sensibilidade aguçada de um aeromodelista experiente, o que leva os aprendizes à movimentarem os sticks bruscamente tentando controlar a aeronave. A reação do aero não pode ser diferente, gerando um voo confuso que resulta na queda da aeronave na grande maioria das vezes. Nessa situação, o mais indicado é a redução do D/R que resultará em um movimento limitado dos servos, aliviando o voo e contornando a inexperiência do piloto.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Cabos "Y" e Extensões: Usar só quando necessário!

Os cabos extensores e as conexões em Y são muito comuns no aeromodelismo, proporcionando facilidade de montagem, de configuração e de trimagem.

As extensões, como o próprio nome já sugeri, serve para  estender o cabo do servo, do ESC (Electronic Speed Control) ou de qualquer outro dispositivo a bordo, para que assim seja possível a conexão ao receptor. Essas conexões são mais comuns e necessárias nas aeronaves de grande porte, pois, durante a montagem, facilmente ultrapassam o comprimento do cabo original dos servos, impossibilitando a conexão do mesmo ao receptor.
Os cabos extensores possuem uma conexão padrão Futaba fêmea em uma das pontas e uma conexão padrão Futaba macho na ponta oposta, além de uma cabo de comprimento variável que possui três fios diferenciáveis pelas seguintes cores: Vermelha (Positivo +), Preta ou Marrom (Negativo - ) e Branca ou Amarela (Sinal).

A conexão do tipo Y é bem semelhante à uma extensão, diferenciando-se apenas pelo fato de ter duas saídas e apenas uma entrada. Os conectores e o cabo seguem o mesmo padrão da extensão, já o comprimento desses costuma ser pouco variável. A principal função do cabo Y é distribuir comandos idênticos para mais de um servo, fazendo com que os mesmos apresente um comportamento igual. Seu uso é justificado quando o rádio controle não possui canais suficientes para a quantidade de servos utilizados no aeromodelo, ou mesmo quando os servos apresentam papéis idênticos e precisam atuar o mais sincronizados possível. A primeira situação pode ser observada em pequenos aeromodelos que possuem dois servos na asa (um para cada aileron) e apenas 4 canais no rádio. A segunda situação é bem vista em aeromodelos de grande porte que levam dois ou mais servos para cada aileron, todos atuando na mesma direção e em sincronia.

É bem verdade que esses cabinhos são uma mão na roda, porém alguns cuidados devem ser observados quando se trata de aeromodelos, pois um pequeno erro pode significar "lenha", dessa forma, nosso conselho é que se use essa cabos somente em quando não há outra forma de resolver o problema.
Alguns cuidados que deve ser tomados para que não tragam problemas para o voo:
- Os cabos devem ser novos e com conexões de encaixe firme e seguro;
- Devem ser bem acomodados no aeromodelo para que não enrosquem no braço dos servos;
- Não potem conter nó ou amarrações que possam quebrar o cabo;
- Procure não usar com demasia, pois quando mais cabo mais conexões, logo, mais chances de problemas.

O cabo extensor dificilmente pode ser evitado quando se manuseia aeronaves de grande escala, o que força uma montagem de eletrônica perfeita e sem chance à erros. Já o cabo Y possui alternativas que podem evitar o seu uso e deixar a eletrônica do aeromodelo menos propícia à problemas, como é o caso do uso de canais extras que estejam disponíveis no receptor. Dessa forma, com uma mixagem no rádio, é possível manter a sincronia dos servos usando dois ou mais canais simultâneos. Assim, evita-se as conexões em Y e ainda possibilita-se a trimagem e configuração individual dos servos, o que pode ser muito útil em aeromodelos que possuem bequilha dianteira que nunca fica em conformidade com o leme.